Sobre a oficina “Trânsito- Investigação do corpo em espaço
urbano”
na cidade de Pereira Barreto-SP em Janeiro de 2015.
Encontrar
uma peculiar cidade de descendência nipônica e nela realizar nossa
oficina foi como se ganhássemos um presente. A cidade e os corpos
que nelas habitam são o principal estudo em nossa pesquisa, e, ao
viajar para tão longe e nos depararmos com novas paisagem e novas
referências de como se viver, menciono aqui, mais uma vez, o
fascínio que senti ao observar os modos e as misturas, as
corpografias do povo de lá. Uma mistura tão autêntica de culturas
que, em todo o seu transformar, contempla grande e estupidamente
lindo o rio Tietê. Essas sensações claramente nos influenciaram em
todo o processo da oficina. O grupo de atores e dançarinos que
estiveram conosco estavam imersos e presentes em todos os
momentos. Grupo forte e amoroso; ficamos amigos e parecia que já nos
conhecíamos por um longo tempo. E em cada espaço tínhamos o
exercício da troca sendo nossa diretriz. Sim, fomos muito orgânicos
uns com os outros, construímos um tempo para nos reconhecer e viver
maneiras de liberdade. Assim como observar o rio Tietê, era
muitissimamente belo observar os corpos dançando enquanto
ministrávamos os exercícios de presença cênica. Como é belo um
corpo em movimento! E como é sincera a sensação de um corpo a
devirar. Mil possibilidades ao se deparar com o “nada mundial”*
em uma cidade tão longe e tão perto de tudo.
*nada mundial ( fala
de um dos participantes da oficina)
Georgianna
Essa oficina foi realizada através dos patrocínios: