quarta-feira, 1 de abril de 2015

Escrito  sobre a oficina 

“Trânsito- Investigação do corpo em espaço urbano” 

na cidade de Penápolis-SP em fevereiro de 2015.


Nosso encontro com Penápolis foi de uma dupla receptividade amorosa. Tivemos dois anjos que nos acompanharam e foi através deles que conhecemos um pouco da cidade. Alugamos bicicletas e no centro cultural começamos a oficina em um chão de quadrados preto e branco. Muitas pessoas nos assistiam enquanto estávamos lá querendo encontrar algo que nos remetesse ao desejo. 
Foi um processo inesperado e dessa vez, muito íntimo; a pesquisa individual dos participantes foi aparecendo muito fortemente, e esse era também uns dos objetivos do nosso trabalho. Provocador observar como cada um se relacionada com o grupo a partir da sua pesquisa individual. 
Depois de um primeiro momento da oficina, percorremos um caminho sem julgamento e com abertura para a busca de um reconhecimento de si. Reviramos o espaço de quadrados preto e branco; mudamos as paredes em relação a nós, o passo em relação ao outro, o ritmo em relação a música. 
Formamos um bando e fomos andando para algo que não sabíamos o que era. Estávamos lá, numa praça com magnificas árvores, água, pedras, sol e a nossa presença. 
Eu como fotógrafa, ao assistir o jogo de cada performance, sorria inteiramente. Como é sutil a diferença do estado criativo de um corpo e o estado de uma árvore em flor. Como são bonitas as formas de comunicação sem palavras. E como é interessante o processo artístico ser compreendido e não ser necessariamente entendido com todos os pingos nos is. Como é bom aceitar as complexidades das coisas!


Georgianna
                                                                                                                                                                                                                                                
Foto: Guilherme Garrote


Esse oficina foi realizada através dos patrocínios: